SpaceX fará manobra difícil e inédita na história espacial

Se tudo acontecer como o planejado, nesta terça-feira (06), a empresa estadunidense lançará a nave-cargueiro Dragon rumo à Estação Espacial Internacional e de forma inédita tentará pousar, na vertical, o próprio foguete lançador em uma plataforma móvel no Oceano Atlântico.


A manobra é considera muito complexa e de acordo com a própria SpaceX, tem apenas 50% de chance. O teste representa o primeiro de uma série de manoboras semelhantes. A empresa têm como objetivo adquirir o conhecimento necessário para recuperar integralmente o primeiro estágio do foguete Facon 9 com o propósito de reutiliza-lo. 


Para se ter uma ideia da dificuldade, os engenheiros da SpaceX comparam a manobra a equilibrar uma vassoura no meio de uma tempestade. 

Embora o objetivo principal da missão seja o de enviar o cargueiro Dragon até a Estação Espacial Internacional e entregar as 4,5 toneladas de suprimentos, as atenções estão voltadas para os minutos iniciais do voo.

Cronograma
O lançamento está previsto para as 09h20 BRST desta terça-feira e após 157 segundos de voo o primeiro estágio do Falcon 9 será cortado, um evento conhecido tecnicamente como MECO, ou Main Engine Cutoff. Neste momento, o engenho estará a 80 quilômetros de altitude, viajando a mais de 10 vezes a velocidade do som. Quatro segundos depois do corte, o primeiro e segundo estágios do foguete se separam e o show começa.



Oito segundos após a separação, o segundo estágio do Falcon 9 entrará em ignição e a nave Dragon, presa no topo, seguirá seu destino rumo à ISS. Enquanto isso, o primeiro estagio estará caindo em direção à Terra, mas uma série de comandos e disparos tentarão pousar o corpo do foguete sobre a plataforma marítima.

Retrofoguetes
Para ajudar a estabilizar o corpo e reduzir a sua velocidade, a SpaceX programou uma série de três ignições. A primeira deverá ajustar a direção do foguete rumo ao ponto de impacto. O segundo disparo será uma retropulsão supersônica, que junto com a resistência do ar na alta atmosfera reduzirá a velocidade do veículo de 1300 m/s para 250 m/s.



O último disparo acontece junto com a abertura das pernas do Falcon 9 e terá a missão de reduzir a velocidade a apenas 2 m/s, o que fará o foguete parecer levitar sobre a superfície.

Para complicar ainda mais, o local de pouso é limitado em tamanho e não é totalmente estático. O navio-plataforma mede 100x30 metros e tem uma espécie de asa que pode expandir sua largura em mais 23 metros, totalizando 53 metros.

O navio não é ancorado e conta com poderosos propulsores que ajudam a manter sua posição. Nas últimas tentativas, a SpaceX obteve precisão de apenas 10 km, mas esperam desta vez um erro inferior a 10 metros.

Redução de Custos
O conceito de pousar um foguete em uma plataforma no oceano é bastante antigo, mas nunca foi tentado e embora a probabilidade de sucesso neste teste seja muito baixa, a SpaceX espera reunir dados críticos para apoiar as novas tentativas que já estão programados.

Quando a empresa adquirir o conhecimento necessário, poderão reduzir em cerca de 300 vezes o custo de cada lançamento, o que tornará a SpaceX praticamente imbatível no que se refere aos custos para colocação de satélites em orbita da Terra.

Fonte: Apolo11
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